segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Pinturas de vanguarda sec xx

"O termo funciona como uma credencial, expressando um sentimento de identidade colectiva dos artistas marginalizados pela corrente principal da sociedade e/ou por suas identidades culturais dominantes"

Expressionismo:

O GRITO
Edvard Munch, 1893

Este quadro pertence ao movimento expressionista, que foi revolucionário no séc. XIX., pois representa não a realidade mas expressa os sentimentos do autor.

 A figura andrógina, ao centro, destaca-se num momento de profunda angústia e desespero existencial.

O pano de fundo é a doca de Oslofjord (em Oslo) ao pôr-do-Sol.

As cores são fortes e garridas, o que revela intensidade.


Munch imortalizou esta impressão no quadro O Desespero. Não contente com o resultado, Munch tentou uma nova composição, desta vez com uma figura mais andrógina, de frente para o observador e numa atitude menos contemplativa e mais desesperada. 
        O quadro foi exposto pela primeira vez em 1903, como parte de um conjunto de seis peças, intitulado Amor. A ideia de Munch era representar as várias fases de um caso amoroso, desde o encantamento inicial ao trauma da separação.
         A recepção crítica foi duvidosa e o conjunto Amor foi classificado como arte demente. Um crítico considerou o conjunto, e em particular O Grito, tão perturbador que aconselhou mulheres grávidas a evitar a exposição.
         A reacção do público, no entanto, foi a oposta e o quadro tornou-se em motivo de sensação. O nome O Grito surge pela primeira vez nas críticas e reportagens da época.


 Futurismo:

  A relação com o passado, com a montra da vida moderna por meio de pinturas cheia de movimento, dinamismo e força.
    "ao analisar o quadro  dá nos a sensação de movimento e poluição visual e sonora" o primeiro manifesto futurista foi assinado por Fillipo tommaso marinetti.

    sábado, 16 de outubro de 2010

    Uma visita de estudo.


    Uma visita de estudo com objectivo valorizar o conhecimento adquirido sobre a forma com que os artigos são apresentados ao público e sua envolvência estrutural, o local escolhido fui as lojas de comércio de Lisboa. 


    Um olhar mais atento perante alguns artigos expostos nas vitrinas de forma consolidar as técnicas aprendidas.
    O decorador vitrinista tem como objectivo promover as vendas de um determinado produto criando a informação para suscitar o desejo ao consumo aumentando assim o volume de vendas.
    Uma mensagem direccionada para o público com cenários envolventes criando um ambiente aliciante aos olhares mais distraídos.

    Alguns exemplos das Técnicas de exposição dos produtos
    Minimalismo em que o artigo é disposto da forma mais simples possível. Por vezes apenas uma peça e um apontamento de decore.


    Paralelismo em que o artigo é disposto de forma paralela. Semelhante a soldadinhos de chumbo numa parada. Podendo o padrão ser repetido, as vezes necessárias.


    Triangulação em que o artigo é disposto de forma triangular, agrupando pequenas famílias de artigos, que por sua vez agrupada, formarão um triângulo maior com a totalidade do artigo exposto.  


    As cores podem ter alguns significados e podem provocar lembranças e sensações a cor está directamente relacionada com a luz.
    A incorrecta utilização da iluminação poderá transmitir uma ideia errada do artigo exposto, não só em termos de cor, como de formato ou tamanho.

    Dois exemplos da incorrecta utilização da iluminação:
    - na Foto.1. a luz orienta o olhar para objecto errado, 
    - na Foto.2. a falta dela não valoriza os objectos. 

    Foto 1
    Foto 2
    A simplicidade do cenário e a mensagem não funciona devido a erros de iluminação e ausência da luz para nos guiar, o cenário suscita emoção ternura e cumplicidade, as formas arredondadas dão-nos a sensação de movimento o público-alvo escolhido é o Feminino.

          
    Mais uma vez o público-alvo escolhido e o feminino, uma deficiente colocação dos artigos vai dificultar a leitura do consumidor levando a percorrer uma trajectória horizontal ondulatória e distractivo.

          Expor o produto é criar um espaço com uma simetria harmoniosa e de profundidade intuitiva a todos os sentidos do consumidor. Tendo como auxiliares a luz, a cor, planos de fundo, cenários e muita originalidade e variedade de sentidos.

    Foto 3
          Na Foto.3. os artigos expostos enquadram-se bem com as texturas do cenário. Á uma simetria envolvente com uma magia de cor e luz, muito subtilmente a profundidade é dada pela disposição dos manequins.
          O convite e feito a um público jovem específico a procura de uma afirmação social com a possibilidade de entrar num elenco da vida e surpreender a realidade!!...

    Foto 4
          Na Foto.4. a mensagem é óbvia e directa. Apela ao consumo nesta quadra Natalícia.
    Joga com a cor e a triangulação dos manequins que estão alinhados numa linha horizontal como que aguardassem expectantes pela decisão óbvia da sua parte, nesta quadra Natalícia. O cenário lembra a necessidade para comprar um presente  não existe fundo, a  profundidade  que é nos dada (a parte de dentro da loja), convida a entrar.
          Constatei ao ver mais de perto o espaço que lhes é oferecido para criar, resultou numa admiração e respeito pela qualidade desses profissionais, fazem um trabalho extraordinário. Os meus parabéns de agradecimento a todos esses profissionais que despertam em cada um de nós as variadíssimos sentidos. A todos esses artistas, um obrigado pelas obras criadas.


          Como a imagem vale mais que muitas palavras juntas não me vou alongar mais, quero agradecer pela forma inteligente de conciliar a aula teórica com exemplos práticos, foi muito útil a todos nós, de uma forma geral deu-nos uma percepção de análise no contexto real dos acontecimentos, não foi propriamente uma visita de estudo foi algo mais substancial foi uma aula ao vivo onde assistimos de perto o trabalho de alguns decoradores, trocamos opiniões e reformulamos teorias, ouvindo atentamente as explicações necessárias que a formadora Cristina Cabral transmitia. Foi gratificante pela aproximação e pela partilha. Já com as barrigas a dar horas resolvemos almoçar num restaurante Indiano. 

         
    Não me vou alongar mais visto que foi pedido que fossemos breves,  portanto aqui fica o agradecimento pela aula inovadora e substancial, no regresso senti-me mais rico pelos conhecimentos adquiridos.

    sexta-feira, 17 de setembro de 2010

    O que é o vitrinismo?


     



    O que é o Vitrinismo? 
    Área da decoração que se encarrega da concepção ou decoração de espaços comerciais, áreas de exposição ou eventos ligados ao comércio.

    Para que serve o Vitrinismo?
    - Promover a venda
    - Promover um determinado produto
    - Informar
    ·         Tipo de loja
    ·         Tipo de artigo que vende
    ·         Mostrar mercadoria
    - Atrair potenciais clientes
    - Suscitar desejo de consumo
    - Aumentar volume de vendas
    - Seleccionar clientela

    Quem executa?  
    Normalmente, pessoal habilitado, como decoradores, vitrinistas ou visual merchandisers.

    É possível fazer montras com todo o tipo de artigo?
    Claro que sim.


    Técnicas de exposição do produto:

    Triangulação
    Tipo de montra, em que o artigo é disposto de forma triangular, agrupando pequenas famílias de artigos, que por sua vez agrupada, formarão um triângulo maior com a totalidade do artigo exposto. Tipo de montra mais utilizado entre nós e que serve para organizar o artigo na montra por grau de importância.

    Paralelismo
    Tipo de montra, em que o artigo é disposto de forma paralela. Semelhante a soldadinhos de chumbo numa parada. Podendo o padrão ser repetido, as vezes necessárias. Tipo de montra particularmente eficaz quando se pretende salientar um só artigo.

    Minimalista
    Tipo de montra, em que o artigo é disposto da forma mais simples possível. Por vezes apenas uma peça e um apontamento de décor.

    Tipo cenário
    Tipo de montra pouco utilizada entre nós, devido aos custo que acarreta e à necessidade de existirem montras de grandes dimensões. Particularmente utilizada em grandes armazéns de departamentos, como o Harrods em Londres, as galerias Lafaiete em Paris ou o Macy’s em Nova York; estes grandes armazéns são considerados exemplos mundiais de vitrinismo e sobejamente conhecidos pelas suas montras, fazendo inclusivamente parte dos percursos turísticos destas cidades. Este tipo de montra, poderá ou não, expor artigos à venda na loja, sendo que as mais sofisticadas criam de facto um cenário e não existe artigo à venda.

    Nota:
    Para além destas, existem ainda outros tipos de montras, montras vivas, quando os manequins são substituídos por pessoas que expõem os artigos, por exemplo. Montras informativas, em que em vez de artigo exposto temos informação escrita. E ainda montras virtuais, estas mais usadas em países com grande nível de desenvolvimento electrónico, como o Japão. Nestas montras em vez de artigo real, temos um enorme ecrã, onde o artigo aparece de forma virtual. Ou ainda as montras de exposição de produtos à venda nas lojas da Internet.

    Cor
    A cor é sem dúvida a nossa melhor aliada em termos visuais, com ela podemos fazer tudo aquilo que a nossa imaginação ditar; Transmitir mensagens; Definir conceitos; Provocar sentimentos… Mas atenção, a melhor forma de utilizar a cor é com moderação. Nunca juntar no mesmo espaço mais que 3 cores distintas, o mesmo já não se passa com os tons da mesma cor, uma vez que estamos a utilizar uma mesma cor podemos usar um número indeterminado de tons. Ao utilizar padrões, deveremos apenas juntar mais uma, ou no máximo 2 cores, de preferência cores presentes no padrão utilizado.



    Psicologia das cores
    Na cultura ocidental, as cores podem ter alguns significados, alguns estudiosos afirmam que podem provocar lembranças e sensações às pessoas.

    Cinza: elegância, humildade, respeito, reverência, subtileza;
    Vermelho: paixão, força, energia, amor, liderança, masculinidade, alegria (China), perigo, fogo, raiva, revolução, "pare";
    Azul: harmonia, confidência, conservadorismo, austeridade, monotonia, dependência, tecnologia, liberdade;
    Cyan: tranquilidade, paz, sossega, limpeza, frescura;
    Verde: natureza, primavera, fertilidade, juventude, desenvolvimento, riqueza, dinheiro (Estados Unidos), boa sorte, ciúme, ganância, esperança;
    Amarelo: velocidade, concentração, optimismo, alegria, felicidade, idealismo, riqueza (ouro), fraqueza, dinheiro;
    Magenta: luxúria, sofisticação, sensualidade, feminilidade, desejo;
    Violeta: espiritualidade, criatividade, realeza, sabedoria, resplandecência, dor;
    Laranja: energia, criatividade, equilíbrio, entusiasma, ludismo;
    Branco: pureza, inocência, reverência, paz, simplicidade, esterilidade, rendição;
    Preto: poder, modernidade, sofisticação, formalidade, morte, medo, anonimato, raiva, mistério, azar;
    Castanho: sólido, seguro, calmo, natureza, rústico, estabilidade, estagnação, peso, aspereza.



    Luz
    Através de uma correcta utilização da luz podemos influenciar o processo de venda, salientando determinadas peças e tornando-as mais apelativas. Poder-se-á dizer inclusivamente que se trata do nosso segundo melhor aliado, na concepção de um montra, sem iluminação tudo parceria cinzento e sem vida. Na prática, deveremos sempre ter uma boa iluminação de base nas nossas lojas e montras, tendo em conta as dimensões e necessidades das nossas lojas e definindo muito bem aquilo que se quer evidencias. Ou seja, para além de uma iluminação adequada às nossas necessidades, no interior da loja; na montra devemos ter cuidados redobrados, uma iluminação neutra de potência média, espaçada uniformidade no tecto da montra é o ideal, bem como, sempre que possível, focos dirigíveis para salientar o artigo.



    Décor
    O importante não é o que se utiliza, mas sim manter a montra bem decorada e apelativa. Na utilização de decores, devemos sempre ter em conta antes de mais as normas de higiene e segurança. Em minha opinião, desde que o façamos com qualidade, as montras ganham mais personalidade. No fundo podemos usar de tudo, às vezes as ideias mais ousadas resultam nas melhores montras, o importante é ter bom senso e moderação, pois não se pretende vender decores, mas sim o artigo exposto na montra, devemos ter em conta, que por mais atraente que seja a nossa decoração, trata-se de um mero complemento de exposição e que deverá portanto vir sempre em segundo plano. É ainda importante, que tenhamos atenção à qualidade dos materiais usados, devem permanecer com o mesmo aspecto do primeiro ao último dia de montra, não se devem deteriorar, nem representar perigo de espécie alguma para quem frequenta o estabelecimento; com especial atenção para os produtos tóxicos, cortantes, de rápida deterioração e que possam libertar odores desagradáveis.

    Conclusão: Ficam alguns princípios a seguir, para uma boa montra. O mais importante a ter em conta é sem dúvida a higiene, há que manter sempre os vidros bem limpos, o que para além de dar um aspecto limpo à loja, facilita a visualização dos artigos.

    Verificar, antes de dar a montra por terminada:
    - Se todos os artigos estão bem visíveis (do ponto de vista do cliente).
    - Se não estão objectos tombados ou de ‘costas’
    - Se não ficaram objecto utilizados na montagem ou limpeza da montra, esquecidos na mesma
    - Se todos os artigos têm os preços assinalados de forma visível

    Zelar para que a exposição se mantenha (dentro do possível) semelhante durante o tempo de duração da montra. Utilizar apenas décores que nos garantam manter-se intactos durante todo o período de duração da montra. Ter em conta as normas impostas pela legislação.